Em pleno século XXI, eu, um desenvolvedor latino-americano, venho com esse papo mole de que dinheiro não é tudo. Sei que a proposta do post não é nova, mas sei também que tem muita gente que vai concordar comigo que dinheiro não é tudo.
Nós como meros desenvolvedores que somos por vezes somos a menor parte do processo de desenvolvimento de um software ( que paradoxo não ?).
Constantemente trabalhamos sobre pressão, com prazos apertados, especificações falhas e com legados de softwares que sofremos pra manter.
Mas se é tão ruim assim, por que continuamos?
Simples: porque amamos desenvolver software.
Achamos mágico construir soluções que acelerem o processo de comunicação entre os seres humanos, sejam eles quem forem. Gostamos de bits, patterns, miracle driven developments, aprender coisas novas pra agilizar os processos e por ai vai.
Por isso nos envolvemos muito com o nosso trabalho. Saímos da empresa onde trabalhamos e vamos pra casa fazer o que?
Programar ou estudar programação ainda mais – e isso normalmente invade nossos finais de semana. Por essa razão não é difícil imaginar que nos envolvemos muito com o que fazemos, já que fazemos por que somos apaixonados por isso.
E o que acontece quando percebemos que no ambiente onde trabalhamos existem processos ruins, que podiam ser otimizados mas que por “força maior” não os são? Perdemos nosso humor.
Parece que a “inspiração” para programar acabou, perdemos o ânimo para digitar um ponto-e-vígula sequer. Programador que ama o que faz não consegue digerir muito bem essa coisa de “isso é problema da empresa, às 18h vou pra casa tranquilo”.
Nossa relação com o Dinheiro
E é ai que entra o titulo do post “Dinheiro não é tudo”. Ok, gostamos de dinheiro por que precisamos e por que nos trás conforto, mas dinheiro não compra entusiasmo – muito menos patrimônio intelectual.
Por exemplo, sempre tem aquele papo de que todo programador deve virar gerente de projetos. Por quê?
Simples, porque gerente ganha mais. Mas, e se eu não gostar de ficar “o dia todo de frente pro Project?” (hei isso foi uma piada, por favor ria)
E se eu achar graça em outra coisa? E se o que me deixa feliz é digitar um bando de palavras em inglês e apertar o F5 ? (preciso dizer que foi outra piada?). Quem disse que eu estou programando só por dinheiro?
Por isso saiba discernir se você esta construindo o seu futuro simplesmente pelo que vai ganhar ou pelo o que vai viver. Não deixe seu prazer em desenvolver softwares da maneira correta enferrujar junto com os processos da sua empresa.
Dinheiro é bom, mas quando a gente morre fica tudo pra pessoas que não vão saber quantas linhas de código você teve que escrever para consegui-lo.
Não substitua talento por desculpas.
Dinheiro e a satisfação profissional
Existem várias pesquisas que investigam a relação entre dinheiro e satisfação profissional. Algumas pesquisas sugerem que o dinheiro pode ser um fator importante na satisfação profissional, especialmente quando as necessidades básicas de uma pessoa estão sendo atendidas.
No entanto, outras pesquisas sugerem que o dinheiro não é um fator tão importante na satisfação profissional e que outros fatores, como o significado do trabalho, o ambiente de trabalho e os colegas de trabalho, desempenham um papel mais importante.
Em geral, parece que a relação entre dinheiro e satisfação profissional é complexa e pode variar de acordo com as circunstâncias individuais.